sábado, 23 de maio de 2009

Olê.Olê,Olê,Olâ

Não chore ainda não, que eu tenho um violão,
E nós vamos cantar.
Felicidade aqui pode passar e ouvir,
E se ela for de samba há de querer ficar.
Seu padre toca o sino que é pra todo mundo saber,
Que a noite é criança, que o samba é menino
Que a dor é tão velha que pode morrer:
Olê, olê, olê, olá.
Tem samba de sobra, quem sabe sambar,
Que entre na roda, que mostre o gingado.
Mas muito cuidado, não vale chorar.

Não chore ainda não, que eu tenho uma razão
Pra você não chorar.
Amiga, me perdoa, se eu insisto à toa,
Mas a vida é boa para quem cantar.
Meu pinho, toca forte que é pra todo mundo acordar.
Não fale da vida, nem fale da morte.
Tem dó da menina, não deixa chorar:
Olê, olê, olê, olá.
Tem samba de sobra, quem sabe sambar,
Que entre na roda, que mostre o gingado.
Mas muito cuidado, não vale chorar.

Não chore ainda não, que eu tenho a impressão
Que o samba vem aí.
É um samba tão imenso que eu às vezes penso
Que o próprio tempo vai parar pra ouvir.
Luar, espere um pouco, que é pra o meu samba poder chegar.
Eu sei que o violão está fraco, está rouco.
Mas a minha voz não cansou de chamar:
Olê, olê, olê, olá.
Tem samba de sobra, ninguém quer sambar.
Não há mais quem cante, nem há mais lugar.
O sol chegou antes do samba chegar.
Quem passa nem liga, já vai trabalhar.
E você, minha amiga, já pode chorar.......

1 comentário:

  1. randré...cada vez mais gosto desta letra!!o nosso chico buarque que nos tem feito companhia nos ultimos dias!!
    :)
    tu realmente nao existes!!
    amo-te

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